sábado, 24 de julho de 2010

Reflexos do Passado ( parte 2)

Minha mãe fazia uma marmita, que eu levava para meu pai, na construção da nossa casa, em suas folgas, la chegando, eu via ele no telhado, batendo seu martelo e cantando: "Ki beijinho doce... que ela teem..." depois que beijei ela nunca mais , amei ninguem....". A gente via que ele sentia prazer no trabalho, e cantava para minha mãe. Nesta época me foi tirado o bico, e passei a chupar o dedão, coisas que todos repudiavam e a toda hora chigavam: Pàra de chupar o dedo menimo..!!!. O reboque da casa foi feito com extrume de boi, os quais a gente ajuntava e catava no pasto perto de casa. No quintal tinha um barril de madeira, onde escorria a agua da torneira. Naquela época nao tinham relogio de mediçao de agua. A pessoa comprava os canos de ferros, chamava o Adão bombeiro, ele colocava um tripé no meio da rua, fazia as roscas, ligava a agua, e num pena de agua, controlava o fluxo. Nosso quintal tinha muito oleo que a fabrica tinha deixado por la, e aos poucos foram surgindo as plantaçoes. Primeiro foi a horta, que de manhã cedinho, no meio da
neblina, a gente ia com um regador agu...ar horta. Nossa rua era esburacada, dava para entrar dentro dos buracos, e na época de chuvas, a enxorrada que decia, era enorme, porem era gostozodemais, andar descalço por ela, fazer as barragens.O tempo foi passando, e fui matriculado no catecismo. A Bela do Paulo dava-nos santinhos, contava-nos historias dos santos, nos ensinava a cantar, brincar e por ai afora. Foi com a Bela, que aconteceu o primeiro piquenique, la perto da caixa dágua de Santanense. No dia anterior meu pai teve que comprar salame com pão e groselha. Formavamos uma fila e fomos conhecer as flores, entrosar mais com os amiguinhos e amiguinhas Fui levado ao grupo escolar souza moreira, no primeiro dia de aula. Porem entrei arrastado pelos braços, e a primeira pessoa que conheci foi a Dona Julieta, o rosto dela parecia muito um maracujá, e era brava com força. Seu nome dava rimas aos nossos versos, e nos divertia sempre.Fui pra Sala de Dona Conceiçao, aprender a historia dos tres porquinhos, palhaço, palito e pedrico. Era uma vez... era uma vez... Dona conceiçao as vezes me pegava nos braços, jogava pra cima, e falava olha o toquinho, ki gracinha do toquinho. Meu sangue fervia nas veias. Foi ela que deu o primeiro e unico tapa no rosto que tive na vida. Foi assim: Sumiu uma borracha na sala, e todos tiveram que formar fila para uma busca. Esta borracha foi encontrada no meu bolso, e o tapa arde até hoje. Fui acusado de roubo injustamente. Somente depoisque ela achou a borracha no meu bolso, foi que entendi, porque o Zé Adão que estava ana carteira logo atraz, resolveu brincar com meu bolso da calça curta. Este tapa me ensinou a nunca confiar demais nas pessoas .O primeiro dia de aula, Dona Julieta, dona Conceiçao, Dona Maria de lourdes parreira.Bom em compensaçao eu adorava a professora do segundo ano, chamava-se Dona Maria de Lourdes Parreira, esta sim era linda, e eu ja estava me apaixonando por ela. Gostava de passar na porta da sala dela, e olhar, reparar e apreciar tanta beleza. Imaginava a todo tempo o que eu deveria fazer para se aluno dela. No grupo , nas epocas de frios, ganhavamos tecidos para mandar fazer blusas de malhas, era um tecido xadrez, vermelho com branco, que mais parecia forros de mesas de restaurantes. Falando em restaurantes, tinha a cantinha, com seus deliciosos caldos,sopa de macarrão, mingau de fubá com queijo, que podiamos repetir . Porem o dia que tinha sopa de trigo, eco.... JESUS me perdoe, mas aquilo era ruim com força. Quando o lapis joahn faber castell, ia acabando, a gente ia na caixa escolar, recebia um novo, as vezes borracha, caderno , tudo de graça. Os meninos da caixa, saiam mais cedo para a merenda, e depois vinha o recreio, ao final do recreio, o sino era tocado, e formavamos fila em frente a uma escada. Cantavamos o hino nacional, e seguiamos para a sala de aula, para o segundo tempo. Ná epoca, carne era cara e dificil, entao procuravamos fontes de proteinas, nos passaros, tatus, gambás, peixe, coelhos, usando urupucas (arapucas), botoques, laços. Divertiamos amassando moitas, ou pescando cará, trairas, piabas, no ribeirao de Santanense. Gostavamos muito de ir passear pelos matos, buscar articum, tirar mel de abelhas, caçar tatus, capivaras. NO pasto acima de casa, tinham uns bois, que adoravam desafiar os cupins, arrebentando-os com seus golpe de chifres, isto nao metia medo por passavamos por eles, e iamos a fazenda ganhar leite na maioria das
manhãs. Na volta entravamos no canavial, e apenas com os dentes a gente chupava cana, ate nao aguentar mais.Saudade do Barroso, ele mesmo que estumava os cachorro na gente, no inicio a gente corria, mas com o tempo,fui perdendo o medo, e ja desafiava estes caes, que deixava de meter medo. A gente gostava de rolar pedras pelos morros, e ficar olhando elas darem cabalhotas morro abaixo. Nao era raro as vezes que a gente dava de cara com todo o tipo de cobra. Sempre a tardezinha, iamos pro quintal do Didi da Hilda, jogar bolas e na mairia das vezes encher a cara de sopapos, pescoçoes e mordidas as vezes dados, as vezes levados pelos coleguinhas. o quintal da Dona Amelia, era nosso pomar, leva-vamos a faca, e faziamos a feira, tudo de graça.Lá d casa a gente ouvia a Hilda do Didi, gritar: Tiago..!!! cadê voce menino...., ai ele respondia tambem aos gritos: TÕ ATI NO TINTAL FAZENDO TOTÔ!!!, na época ele tinha problemas de dicssão, e isto nos divertia bastante. O quintal da Dona mariquita, ou do zé cutelo tambem nao fica atraz. Trabalhei na roça com meu pai, capinando arroz, feijao, colhendo tambem, ajudando a bater,porem esta nao era minha praia, e dei um jeito de sair fora rapidinho. Tinha aparecido na minha vida, uma especie de passarinho, muito pequeninho, do tamanho de uma mariposa, somente vi este tipo de pássarinho umas duas vezes na vida, e ele chamava a atençao devido ao seu minusculo tamanho, nunca soube o nome dele, e ele nao era mesmo uma mariposa, ele me fez refletir muito sobre os misterios da vida. Tambem apareceu certa vez em santanense, uma garotinha, com o rosto redodinho, cabelos compridos, e oculos grossos, foi amor a primeira vista, tornamos grandes amigos por longo tempo, e ela foi motivo de inspiraçao para ser alguem nesta vida. Nesta santanense, resolvi a ganhar uns trocados para ajudar em casa, no inicio foi a Venda de Pirulitos (veja materia no blog), depois alface nas portas das casa, antes do almoço, dava uns trocados até bom pra mim e pro Ceniro.Alias o Ceniro tinha duas lindas filhas, que eu nao tirava o olhos delas, a Nazaré que ficava de olho o tempo todo. Me parece que uma chavama-se Aparecida, e a outa Giane. Depois fui engraxar sapatos, e sempre tinha meus trocados pelo bolso, dando-me conforto e uma certa tranquilidade.
Por hoje ja escrevi bastante, mais pra frente dou sequencia, um abraço a todos
leitores.]

Um comentário:

  1. uma chama Aparecida casada com o Cafifa da serralheria e a outra Edvane casda não sei com quem, enfermeira do hospital de itauna, mano.quem tá nao muito bom no hospital das clínicas é o Célio da Margarida, ta intubado aguardando transplante de fígado e pegou pneumonia..

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