quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Historia de um nordestino

Bom xente, como foceis notaram, eu tenho uma boa foz, e xabendo dicho,devem xaber
que com exta foz eu fui locutor de FM numa cidadezinha la no Nordexte.
Era campeão de audiencia, conforme dizia o unico ouvinte do unico radio la existente.
Tinha uma populaçao grande , de aproximadamente 48 pessoas nas epocas de festas da igreja.
Porem o patrocinio da radio, foram ficando dificeis, pois nao tinha muito o que vender, ou
anunciar naquele sertão abandonado, e entao fui demitido.
Como todo nordestino que se preze, eu tambem fui pra São Paulo, e queria começar por cima.
Tinha grande aspirações, queria começar como construtor de prédios, queria ser um grande empresário
e assim arrumei minha sacola com as roupas e botinas e lá fui eu.
Comecei numa construçao, e no primeiro dia, o patrão me mandou erguer um balde
com concreto no edicio de 5 andares. Comecei realmente por cima.
Bom balde era no conceito dele, pois aquilo tinha uns 50 kilos.
Comeci a puxar a corda, e latão com concreto nao desgrudava do chão, numa amizade
de fazer inveja.
Insisti e começou a sinais que iria subir. Fui insistindo, e o latão aos poucos e com
muita má vontade resolver conhecer a parte de cima do predio.
Minhas mãos pegando fogo ir irguendo aquilo, quando no caminho bateu em um pedaço
de madeira que fazia questão de aparecer no cenario, para que caisse concreto na
minha cabeça e meus olhos.
Passou por este pedaçao de madeira, e meus dedos vermelhos e começando a sair bolhas
nas mãos, estavam doidos que o maldido balde chegasse la em cima.
Tinha mais outro caibro no caminho, e o balde fez questao de cumprimenta-lo tambem,
lançando salvas e salvas de concreto, mais agua com cimento, brita , em minha
cabeça,olhos, troncos , etc.
Tava tudo bem, e dando graças a Deus por ter conseguido chegar o balde la em cima, porem
o chao tinha ficado molhado com a chuva de concreto, e um escorregão foi inevitavel.
Cai, segurando a corda, e com o arranco o balde começou a descer, e ele descendo, eu subi.
Quanto mais rapido o balde decia, mais rapido eu subia. No Caminho conheci aquele pedaço
de pau , que tinha conferido o balde na subida, e ele deixou um autogrado no meu ombro
e costelas. Logo em seguida conheci o caibro tambem, que invejando o pedaço de pau, fez
questao de tambem fazer sua assinatura no MESMO OMBRO, e MESMAS COSTELAS.
Tudo parecia normal, quando meus dedos entraram junto na carretilha em que a corda fazia
a volta, e nao tinha mais jeito de soltar a corda.
Porem quando balde caiu no chao, NUMA VELOCIDADE..., ele virou, e virando o concreto
derramou, e derramando, o balde ficou leve.
Dai começou novamente o roteiro, porem em sentido contrario, o balde subiu e eu desci.
E claro que no caminho eu tinha que comprimentar o caibro, e o pedaço de pau, nos mesmos
lugar e LOCAL de sempre.
Passei pelo balde no caminho, que tambem me cumprimentou com suas bordas grossas e duras, alem
enlameadas de concreto.
Cheguei no mesmo local que o balde tinha caido anteriormente, e pude ver todo o
concreto que eu estava levando la pra cima, todo esparramado no chao, onde fiz meu
campo de pouso.
Bem atordoado devido as circunstancia, achei que ja era hora de soltar as maos daquela
corda, pois agora ja nao estavam mais presas pela carretilha.
Soltei a corda, e notei que ela subiu numa velocidade danada, e a medida que ela
subia, o balde decia tambem na mesma proporçao, passando pelo caibro e pedaço de pau
que fazia conferencia da movimentaçao naquela local.
Este balde me achou novamente la embaixo, com suas duras bordas, e seus restos de concreto.
Acordei tres dias depois em um leito de hospital, pensado novamente em voltar para meu
querido nordeste, tentar algo mais saudavel, mesmo que nao seja muito rentavel.

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