terça-feira, 5 de abril de 2011

Quaresma - e eu Beato ???


Tenho o hábito de ir a missa todos os domingos, isto já faz anos. Quando adquiri minha humilde casinha, fiz questão que ela fosse ao lado de uma igreja. Este gosto pela religião vem do berço, quando minha mãe exigia que a gente fizesse "hora de guarda", participasse da "cruzada cristã" , e também coroinha(Naquela época era menos perigoso!!). Já fui té padre em festa junina, também promovida pela igreja de Santanense. Acho gostoso levantar de manhãzinha, tomar um banho gostoso e quentinho, fazer a barba ,vestir minha melhor roupa, ténis e meias limpinhas. Passo um perfume suave e gostoso, e la vai eu participar de mais uma missa. E gostoso a gente ter a oportunidade de fazer isto, a gente se sente grande, no meio de tanta gente . Depois de muito tempo a gente adquiri amizade, e na saída da missa todos se cumprimentam e as vezes contamos ate casos. É claro que na volta tem aquela passada pela padaria, para trazer algum coisa diferente pro cafezinho novo. O dia fica mais cheio de vida, e vale a pena este pequeno esforço , que para mim é motivo de prazer. Tinha horror por quaresma, pensava que na quaresma , aparecia Saci, Mula sem cabeça, assombração e por ai afora. Mas hoje em dia acho a quaresma uma época linda, pois as leituras, participação, e acontecimentos na igreja tem mais vida, e mais entusiasmo.
Domingo passado, nosso pároco, falou que tem muita gente que vai a igreja, e repara nas pessoas que comungam, pensando ou dizendo: "aquele ali é um pecador e nao podia estar comungando", que julgamos as pessoas pelas aparências, pelo rotulo, pela casca.
Pediram a Jesus que julgasse Maria Madalena pelos seus atos, (ela era uma profissional do sexo, ou diversões masculinas, para evitar palavras chulas), e ele então pediu que aquele que não tivesse pecado, atirasse a primeira pedra. Dai o padre daqui fez uma reflexão na frente de todo mundo. Aponto a mesa de celebração e disse: "Quem de nos acha que tem direito a esta comunhão????", quem de nos não tem pecado ?. Achei o máximo, pois carregava comigo o sentimento de culpa, pelo fato de ser divorciado e não poder comungar. Quero lembrar que não fui eu quem deu o pontapé inicial no processo, apenas cumpri o que a ex-queria, fiz toda minha parte e tem gente que acha que fiz mais que isto, temos amizade, não guardamos rancor, e foi bom para todos, inclusive para os filhos. A partir de domingo passado, já comungo com mais fé, e com certeza absoluta que não sou um excluído da fé católica.
Beato eu ???, sou não...não quero não...meu benzinho não deixa não...

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