segunda-feira, 26 de julho de 2010

Computadores

Meu primeiro computador foi um tk82-c. Trabalhava com encarregado da Contabilidade da Cooperativa Agropecuaria de Divinopolis, e todo final de ano tinha que fazer a Correçao Monetaria do Ativo Imobilizado, sugeri ao contador da época que eu faria toda correçao do ativo,depreciação, correçao da depreciaçao, entregava a eles todos os lançamentos, e se houvesse algum erro, que a empresa nada pagaria por isto, porem meu serviço teria um custo. Bom o serviço foi feito, ele conferiu , reconferiu, e pagou satisfeito. O preço foi o mesmo que paguei pelo computador, na época, e nos anos seguintes fui renovando os computadores pelo mesmo trabalho, como foram surgindo trabalhos extras. Migrei de Tk82-C, para Tk-85, depois para tk2000, tk2000 color II, CP 100, CP 500, e entao passei para os microcomputadores, sempre renovando até hoje.
Comecei com a linguagem BASIC, depois aprendi COBOL , que foi a linguagem que trabalhei por longos 25 anos, esta era muito boa pois eu tinha controle total da maquina, aprendi um pouco sobre Delphi. Mas antes de aprender qualquer linguagem ,tinha dominado o ASSEMBLER, o que me facilitou em todas as outras. Como surgimento de virus, desenvolvi alguns, que os colocavam em programas trancados, a finalidade era somente proteger meus direitos autorais, na época tinha muita gente que pegavam nossos programas mudavam apenas os rotulos, e os revendiam, entao tornou-se necessario esta auto proteçao. Lembro que tinha um de nome Vico.exe, que criava arquivos na raiz do computador, copiava ele mesmo para outros nomes parecidos com os do sistema, depois deletava arquivos nescessários ao iniciar o carregamento do windows, depois reiniciava a maquina tudo de uma só vez. Deletei todos este programas, e prometi pra mim mesmo nunca mais fazer isto, pois começava a dar cadeia aos programadores. Desenvolvi rotinas para varias empresas, como tambem fiz planilhas que ajudavam a preencher recibos (R.P.A), entre muitas outras.
Meus diplomas, certificados , livros sobre programaçao agora comem poeira em cima do guarda roupa. Aprendi Xenix, UNIX, Quatro-Pro, e muitos sistemas operacionais que hoje sao obsoletos. Fiz apresentaçoes em POWER-POINT, windows movie maker, tudo empresarial. Almoçava ,jantava, dormia com computadores. Teve o lado bom e o lado ruim, pois eu passei a me comunicar melhor com as maquinas do que com as pessoas, e isto me tornou frio, calculista. Se uma coisa na vida dava certo, era o objetivo alcançado, porem se dava errado, tornava-se apenas um outro resultado nao esperado, que deveria ser desprezado e refazer as contas, tudo na maior velocidade e frieza possivel. Hoje uso o computador para navegas por noticias BOAS, as ruins eu desprezo, uso o e-mail, este blog, pagamento de contas, etc. Passou-se uma fase, e a cada dia me torno outra pessoa.

sábado, 24 de julho de 2010

Reflexos do Passado ( parte 2)

Minha mãe fazia uma marmita, que eu levava para meu pai, na construção da nossa casa, em suas folgas, la chegando, eu via ele no telhado, batendo seu martelo e cantando: "Ki beijinho doce... que ela teem..." depois que beijei ela nunca mais , amei ninguem....". A gente via que ele sentia prazer no trabalho, e cantava para minha mãe. Nesta época me foi tirado o bico, e passei a chupar o dedão, coisas que todos repudiavam e a toda hora chigavam: Pàra de chupar o dedo menimo..!!!. O reboque da casa foi feito com extrume de boi, os quais a gente ajuntava e catava no pasto perto de casa. No quintal tinha um barril de madeira, onde escorria a agua da torneira. Naquela época nao tinham relogio de mediçao de agua. A pessoa comprava os canos de ferros, chamava o Adão bombeiro, ele colocava um tripé no meio da rua, fazia as roscas, ligava a agua, e num pena de agua, controlava o fluxo. Nosso quintal tinha muito oleo que a fabrica tinha deixado por la, e aos poucos foram surgindo as plantaçoes. Primeiro foi a horta, que de manhã cedinho, no meio da
neblina, a gente ia com um regador agu...ar horta. Nossa rua era esburacada, dava para entrar dentro dos buracos, e na época de chuvas, a enxorrada que decia, era enorme, porem era gostozodemais, andar descalço por ela, fazer as barragens.O tempo foi passando, e fui matriculado no catecismo. A Bela do Paulo dava-nos santinhos, contava-nos historias dos santos, nos ensinava a cantar, brincar e por ai afora. Foi com a Bela, que aconteceu o primeiro piquenique, la perto da caixa dágua de Santanense. No dia anterior meu pai teve que comprar salame com pão e groselha. Formavamos uma fila e fomos conhecer as flores, entrosar mais com os amiguinhos e amiguinhas Fui levado ao grupo escolar souza moreira, no primeiro dia de aula. Porem entrei arrastado pelos braços, e a primeira pessoa que conheci foi a Dona Julieta, o rosto dela parecia muito um maracujá, e era brava com força. Seu nome dava rimas aos nossos versos, e nos divertia sempre.Fui pra Sala de Dona Conceiçao, aprender a historia dos tres porquinhos, palhaço, palito e pedrico. Era uma vez... era uma vez... Dona conceiçao as vezes me pegava nos braços, jogava pra cima, e falava olha o toquinho, ki gracinha do toquinho. Meu sangue fervia nas veias. Foi ela que deu o primeiro e unico tapa no rosto que tive na vida. Foi assim: Sumiu uma borracha na sala, e todos tiveram que formar fila para uma busca. Esta borracha foi encontrada no meu bolso, e o tapa arde até hoje. Fui acusado de roubo injustamente. Somente depoisque ela achou a borracha no meu bolso, foi que entendi, porque o Zé Adão que estava ana carteira logo atraz, resolveu brincar com meu bolso da calça curta. Este tapa me ensinou a nunca confiar demais nas pessoas .O primeiro dia de aula, Dona Julieta, dona Conceiçao, Dona Maria de lourdes parreira.Bom em compensaçao eu adorava a professora do segundo ano, chamava-se Dona Maria de Lourdes Parreira, esta sim era linda, e eu ja estava me apaixonando por ela. Gostava de passar na porta da sala dela, e olhar, reparar e apreciar tanta beleza. Imaginava a todo tempo o que eu deveria fazer para se aluno dela. No grupo , nas epocas de frios, ganhavamos tecidos para mandar fazer blusas de malhas, era um tecido xadrez, vermelho com branco, que mais parecia forros de mesas de restaurantes. Falando em restaurantes, tinha a cantinha, com seus deliciosos caldos,sopa de macarrão, mingau de fubá com queijo, que podiamos repetir . Porem o dia que tinha sopa de trigo, eco.... JESUS me perdoe, mas aquilo era ruim com força. Quando o lapis joahn faber castell, ia acabando, a gente ia na caixa escolar, recebia um novo, as vezes borracha, caderno , tudo de graça. Os meninos da caixa, saiam mais cedo para a merenda, e depois vinha o recreio, ao final do recreio, o sino era tocado, e formavamos fila em frente a uma escada. Cantavamos o hino nacional, e seguiamos para a sala de aula, para o segundo tempo. Ná epoca, carne era cara e dificil, entao procuravamos fontes de proteinas, nos passaros, tatus, gambás, peixe, coelhos, usando urupucas (arapucas), botoques, laços. Divertiamos amassando moitas, ou pescando cará, trairas, piabas, no ribeirao de Santanense. Gostavamos muito de ir passear pelos matos, buscar articum, tirar mel de abelhas, caçar tatus, capivaras. NO pasto acima de casa, tinham uns bois, que adoravam desafiar os cupins, arrebentando-os com seus golpe de chifres, isto nao metia medo por passavamos por eles, e iamos a fazenda ganhar leite na maioria das
manhãs. Na volta entravamos no canavial, e apenas com os dentes a gente chupava cana, ate nao aguentar mais.Saudade do Barroso, ele mesmo que estumava os cachorro na gente, no inicio a gente corria, mas com o tempo,fui perdendo o medo, e ja desafiava estes caes, que deixava de meter medo. A gente gostava de rolar pedras pelos morros, e ficar olhando elas darem cabalhotas morro abaixo. Nao era raro as vezes que a gente dava de cara com todo o tipo de cobra. Sempre a tardezinha, iamos pro quintal do Didi da Hilda, jogar bolas e na mairia das vezes encher a cara de sopapos, pescoçoes e mordidas as vezes dados, as vezes levados pelos coleguinhas. o quintal da Dona Amelia, era nosso pomar, leva-vamos a faca, e faziamos a feira, tudo de graça.Lá d casa a gente ouvia a Hilda do Didi, gritar: Tiago..!!! cadê voce menino...., ai ele respondia tambem aos gritos: TÕ ATI NO TINTAL FAZENDO TOTÔ!!!, na época ele tinha problemas de dicssão, e isto nos divertia bastante. O quintal da Dona mariquita, ou do zé cutelo tambem nao fica atraz. Trabalhei na roça com meu pai, capinando arroz, feijao, colhendo tambem, ajudando a bater,porem esta nao era minha praia, e dei um jeito de sair fora rapidinho. Tinha aparecido na minha vida, uma especie de passarinho, muito pequeninho, do tamanho de uma mariposa, somente vi este tipo de pássarinho umas duas vezes na vida, e ele chamava a atençao devido ao seu minusculo tamanho, nunca soube o nome dele, e ele nao era mesmo uma mariposa, ele me fez refletir muito sobre os misterios da vida. Tambem apareceu certa vez em santanense, uma garotinha, com o rosto redodinho, cabelos compridos, e oculos grossos, foi amor a primeira vista, tornamos grandes amigos por longo tempo, e ela foi motivo de inspiraçao para ser alguem nesta vida. Nesta santanense, resolvi a ganhar uns trocados para ajudar em casa, no inicio foi a Venda de Pirulitos (veja materia no blog), depois alface nas portas das casa, antes do almoço, dava uns trocados até bom pra mim e pro Ceniro.Alias o Ceniro tinha duas lindas filhas, que eu nao tirava o olhos delas, a Nazaré que ficava de olho o tempo todo. Me parece que uma chavama-se Aparecida, e a outa Giane. Depois fui engraxar sapatos, e sempre tinha meus trocados pelo bolso, dando-me conforto e uma certa tranquilidade.
Por hoje ja escrevi bastante, mais pra frente dou sequencia, um abraço a todos
leitores.]

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Divinopolitano constrói carrinhos que não são brinquedos – São verdadeiras obras de artes


Zé Raimundo, 66 anos, “brinca” de fazer carrinhos há doze anos – A paixão vem desde menino quando viu o tio fazer um Chevrolet GMC – Fez apenas um e parou – Já cinqüentão retomou a antiga paixão – Hoje são oito modelos

O senhor Zé Raimundo, explicou que leva três anos para construir cada modelo e em média são usadas mil e duzentas pecinhas em cada um.

A retomada da sua paixão pelas miniaturas foi em 1998, recomeçou fazendo escondido de todos, inclusive de sua esposa. Ele ficava com vergonha de que as pessoas não o entendessem, por causa da sua idade.

As pessoas começaram a desconfiar da sua atividade escondida, até que não houve mais jeito, ele foi obrigado a mostrar para o primo, que o incentivou a continuar. Aí, ele não parou mais. Já está no seu oitavo “carrinho”.

Zé Raimundo, até completar sua coleção com a quinta peça se recusava a dar qualquer entrevista, mas a partir daí, começou a ser procurado por emissoras de TV, revistas, jornais. Passou a ser convidado a participar de feiras e eventos automobilísticos.

O artista chegou a ser convidado a ser design de uma grande montadora, recusou o convite, disse que gosta mesmo é de ficar no seu cantinho.

Por questão de segurança e pelo alto valor de cada carro, eles não ficam na sua residência. Já chegaram a oferecer um Toyota Corolla, zero, de verdade, em um único carrinho da sua coleção.

A última peça, ainda em fase de acabamento é o jeep willys modelo 1962, que mostramos com exclusividade.

Fotos da Coleção (CLIQUE AQUI)

Fonte desta materia -> http://www.divinews.com/cidade/cultura/9560-divinopolitano-constroi-carrinhos-que-nao-sao-brinquedos-sao-verdadeiras-obras-de-artes.html

terça-feira, 20 de julho de 2010

Minha infancia.

Meus primeiros reflexos de lucidez, foram aos 2-3 anos, no Caquente,um bairro de Igaratinga. Estava engatinhando, e fui até a Olaria de Meu pai onde ele fazia tijolos. Nao sei como atravessei um pequeno corrego pois engatinhando as coisas sao mais dificeis. Meu pai tinha uma egua chamada Bainha, e de manhã ele gritava "Bainha vamos trabalhar...!!" e ela saia de onde estava , indo correndo para a pipa de barro, para começar a jornada diária. Ela ficou bem treinada, graças a uma moita
de bambu que tinha perto de casa, meu pai gastou quase toda esta moita em seu lombo e costela, afim de treina-la, pois era custosa demais.Era nela que ele vinha de Igaratinga, com um cordão em seu pescoço cheio de biscoitos, a maioria molhados de suor, para a gente degustar.Certa vez, ele derrubou uma manga , no pé la no fundo do quintal , dizendo que era pra mim, a manga caiu, e até ontem nao me lembro de te-la
chupado. Pelo fato de nao haver televisão, radio, e vizinhos, tinhamos muita união, e a tarde faziamos nossos proprios teatros. Luzinho e Neide ensaiavam uma cançao chamada "Linda Cigana", cantando assim: ô ciganinha ô..ô...ôooooooo, vamos viver viajando ÔÔÔÔÔÔÔ, o minha linda cigana, eu pensei que tu amas este valente ciganoooooo, tioleiiiiii tiôleiiiiiii, tioleiiiii, .Eles prometiam que quando crescesemmm iriam fazer uma duplica caipira. Mudamos pra igaratina, e fomos morar
numa casa que tinha o teto invertido, todas as casas tinha o teto no formato de acento circumflexo, e a nossa tinha no formato de V. Eu e Agostinho, tenhamos por habito ir na casa da Dinha Vó, ganhar pequenos pedaços de rapadura, era uma delicia. Nao esqueço do banheiro da época, onde vovam umas varejeiras , verdinhas, com um zumbido alto.A gente se alojava na casinha la no fundo do quintal, ajeitava com
um medo danado de cair naquele buraco quadrado, onde emitia um odor incrivel, fora que a gente molhava os pés sempre. NO quintala tinha um pé de mamona, onde eu achei uma semente, a qual amassei com uma pedra,e comi aquilo pensando que era amendoim. Vomitei até as tripas, nao ficou nenhum verme no meu organismo. Entrei pela primeira vez numa jardineira, nos braços de Ramon, ele queria entrar na jardineira para
conhecer, ela estava estacionada no campo de futebol, e entao foi a primeira vez que conhecemos uma jardineira por dentro. Mudamos de igaratinga para Santanense, e o Boquinha (Jesus) arrumou emprego na Cia Tecidos Santanense pro meu pai. Moramos no cruzeiro. Tem sempre uma cena na minha memoria, onde um vizinho ficava preso numa gaiola, pois tinha problemas acho que psiquico, ou de coordenaçao motora, e tinha
que ficar preso em uma jaula de ferro, nunca entendi aquilo.Moramos tambem na rua de baixo perto do riberao, vizinhos de Dom Giorgino. O quintal fazia fundo
com um ribeirão, onde a gente ensaiava natação. Tinha que comer uma piaba para aprender a nadar.Eu deitei em cima de uma pedra e batendo os braços, ouvia meus irmão dizerem: Ele aprendeu a nadar olhem.Roubavamos mutamba, goiaba, e qualquer fruta que estivesse ao alcance de nossas maos.Os caminhoes passam na rua, e jogavam mandioca, lenha, e qualquer coisa que passava, a gente gritava para jogarem,e
saiamos correndo atraz, afim de fazer a colheita. Meu pai comprou primeira radiola, e o volume era escutado , queira ou nao queira por toda a vizinhaça, ná epoca. Ele tambem comprou uma mascara de vaca, que colocava na cabeça, para assustar os outros, nos carnavais da época. Com o tempo comprou um lote na rua de cima, mas isto
já é outra historia...

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Lembranças da Argentina

Outro dia estava me lembrando de minhas viagens,cheguei em Buenos Aires, e fui em uma estação de trens, rumo a San Juan, descobri logo de inicio que la não hablam Trens de Ferro, e sim Ferrocarriles, depois nao se diz San Juan, e sim San Ruan, a letra jota é pronunciada como R. Troquei Cruzeiros por Dolares, e tambem Pesos,que era a moeda da época,no hotel Hilton, comprei a passagem , viajei durante uma semana dentro dos Ferrocarriles, já não tomava mais café, não comia arroz e nem feijão Desci nesta cidade as 11:00 horas da noite, não encontrei hotel, e o frio incomodava bastante. Tentei comprar uma pinga pra esquentar o corpo porem nao existia isto tambem por lá. Consegui dormir numa garagem de ónibus, onde estendi uma rede, e dormi a primeira noite por lá.No outro dia fui morar numa pensão (Pension Benavente), Dona Lola era proprietaria. Fiz amigos, e em especial Hebert e Raul, com os quaisfui trabalhar no ramo de solda, em oficinas de vinhos.Fui obrigado a soltar a lingua, e começar a falar o portunhol. Entener o que los hermanos hablavam era fácil, pero lo contrario, é mui difícil.Sempre Herbet ou Raul, me questionavam, dicendo... habla de pacito para que nosotros lho entendam.E fui assim aos trancos e barrancos fui dominando o idioma deles. Nas fabricas de vinhos, faziamos soldas, esquentavamos o TÊ (chá) e comiamos o queso mantegoso( requeijão).Na pensao, antes de almoçar o jantar, tomavamos uma sopa muito rala, onde podia contar o macarrão no fundo do prato, para logo em seguida se servir de batatas, alfaces, e outras coisas verdes, com pedaços de carne. O chuveiro era a alcool, cada um tinha seu reservatorio de alcool, que colocavamos em um recipiente, colocamos fogo, e um fino filete de agua meio morna, era tudo que tinhamos para tomar o banho. Fomos a festas, casas de amigos, a missa, e o trabalho ia indo.A missa foi difícil de entender, mas aos poucos ia ficando mais fácil. San Juan chegava a ter dois palmos de neve no inverno, perto da Cordilheira dos Andes, onde o vento (LA SONDA) soprava as geleiras e temperava o clima daquela cidade, onde tudo era diferente mesmo.Algumas palavras em português representa palavroes no idioma deles, e não foi poucas as vezes que passe por momentos dificieis com isto lá. Não se pode dizer COLHER, CARRETA. Uma vez Raul me disse assim, diga para a moça que vem la na frente que ela é "Uma Chica mui Rica", assim que eu o fiz, ela me respondeu com cara de brava, referenciando minha genitora com pouco delicadeza, e servindo de motivo de risos para os dois amigos.Lembro-me que tive uma dor de dente horrivel, e fui ao hospital de lá, de onde me arracaram um dente, na marra, e eu pude gritar FDP com toda tranquilidade pois eles nao sabia o significado. Certo final de semana peguei um onibus e fui ver uma corrida de motos, bem proximo da cordilheira dos Andes, lembro-me que fui materia de jornal e de rádio, pois o pessoal de lá nao conheciam brasileiros, e eu me tornava alguem diferente. As perguntas constantes eram sobre futebol, clima brasileiro, costumes etc. Com o tempo isto cansava, e eu ja estava cansado de ser diferente. Fui na padaria , entrei na fila para comprar pão, prestei atençao como eles pediam um pão, e repeti o que a pessoa da frente tinha dito ao vendedor: YO QUERO UN PAN, chegou minha vez, repeti na ponta da lingua: YO QUERO UN PAN, ele perguntou : qual, eu apontei um de aparencia bonita, e nada mais falei. Ai acabaou a fila... e vieram me perguntar: usted nao soy de acá, donde soy?, e isto levava no minimo meia hora.Fiquei alguns meses neste ramo, até resolver trabalhar em um Circo, talves ninguem se lembra deste, mas o nome era CIRCO CASSINO DE SEVILHA.Na primeira noite, como nao tinha uma tenda pra mim, dormi debaixo da jaula de dois leões, forrei o fundo com uma lona, e ao lado de Lhamas, dormi naquele local que parecia quentinho e seguro. Os leões tinham o hábito de ruivar ou grunhir la pelas 3:00 da manhã.Eu os alimentava durante o dia, tomando o cuidado de jogar as carnes a uma distancia segura da jaula, pois se jogasse perto eles, buscavam a comida nas minhas mão, tamanha a força,violência e velocidade com que] agarravam a comida.Meu trabalho era levar ferramentas, e alguns utensilios no palco, regar as passagems do publico com agua e perfumes , aos poucos já tive um trailler.Viajei de San Juan, a San Luiz, dentro de uma carreta com toda ferragem do circo, ao sabor das estrelas e da lua quem era minha companheira. Na próxima contarei sobre minha aventura em San Luiz. Tenho ainda pra contar, sobre Cáceres-MT, San Matias na Bolivia, sobre Buenos Aires. Aproveito para agradecer vários leitores de Santa CAtarina , Rio Grande do Sul que por aqui passam. Quando escrevei aqui sobre UNIBIOTICA, foram varios comentarios destes pessoal do sul, que pediram para escrever mais, e tambem sobre TIBICOS. Devido a variedade dos assuntos,é que as vezes o pessoal localizam este blog, e resolvem comentar.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Entrei de gaiato no navio....

Quando migrei de Cáceres-MT para S.paulo, aliás em uma oportunidade contarei
aqui sobre minha morada( aventura em Cáceres-MT).Cheguei ao centro de S.Paulo, me hospedei no primeiro hotel que encontrei.Guardei minha mala coloquei as roupas nos cabides, e fui tomar um belo banho demorado, do qual sou apaixonado até hoje. Não é atoa que uso aquecedor solar. procurei um bom restaurante, voltei e fui dormir. De manhã comprei um jornal, e fui nas paginas de empregos, coisas que desisti logo de cara, pois S.Paulo não era minha praia, eu tava afim de morar no litoral mesmo. Fechei a conta do hotel e rumei pra Santos-Sp, foi onde morei por 7 meses. No primeiro dia nunca procurava emprego, pois sabia que o cansaço da viagem, me deixava com aparencia de cansaço e isto contava na hora de procurar emprego. Fui passear, conhecer a cidade, e suas lindas praias. No segundo dia entrei numa fila que dobrava quarteirão , sobre duas vagas de faturistas. Eu sabia o que era faturista, a gente juntava um punhado de notas fiscais do mesmo cliente, prenchia uma fatura, e tava pronto (resumi tudo). Tendo a plena certeza que nao ia conseguir o emprego, segui na fila lendo o jornal a procura de um novo. Chegou a minha vez, me colocaram numa maquina de escrever, e um pedaço de jornal, cronometraram o tempo, e eu debulhei o milho em poucos minutos. A pessoa nao se conteve, e mandou que eu refizesse o teste com outro jornal. Repeti a proeza e me mandaram começar a trabalhar no outro dia de manhã (Transportes Candido).Foi la que fiquei por sete meses, conhecedo as praias de Guarujá com suas areias que mais pareciam açucar refinado, Praia grande, etc.Santos tinha muita casas de tolerancia, muito frequentado por marinheiros, era normal encontrar nos latões de lixo, radios, gravadores, televisores com pequenos defeitos que eram desviados das cargas dos navios pelos estivadores. Eu ia a praia todo final de semana, tanto que ja achava que aquilo fazia parte do meu cotidiano e ja tinha perdido a graça. Foi lá que tive a primeira namorada japonesa de nome LIA( fui o primeiro namorado dela), qualquer dia contarei isto aqui tambem Foi lá que um dia vindo da praia, passei pela porta de um cinema, e vendo que a sessao começaria as 4:00 da tarde, mas sem relogio , nao sabia das horas.Segui em frente , e passando em frente a uma padaria, vi um relojão marcando 3:55, dei meia volta para pegar o cinema em cima da hora. Na metade do caminho , apareceram dois caburões, de onde saltaram um punhado de policiais, com escopetas direcionado a minha humilde e friosa barriguinha. Ergui os braços, e me tornei o centro de atençoes de todo o quarteirão. Levei a mão a cintura, bem devaraginho e dizendo a eles que eram meus documentos. Me revistaram e depois de passar um grande vexame, fui liberado para ir embora e assistir o filme que eu planejava. Fui dificil mover as pernas, pois estavam tremulas, e foi dificil assistir o filme, pois ja esta estava cheio de emoções fortes para o mesmo dia.E num é que Santos é barra pesada mesmo, teve um hotel que morei, e dividia o quarto com 4 pessoas, eram dois beliches, e os outros tres ocupantes, pitavam o cigarrinho do capeta dentro do quarto como se estivessem na sua propria casa. Para sobreviver eu fazia de conta que aquilo era normal, eu hein..!!!.Santos tambem nao era minha praia, e comecei a rondar os navios que ali aportavam.Sempre tinha dois guardas na entrada do porto, ou dos navios, e eu tinha que passar por eles. Comprei uma prancheta de mão, uma caneta, e passei a andar igual a gente grande e importante pelo cais, e passei no meio dos dois guardas, entrando pelo primeiro navio que tava em frente. Era do tamanho de um quarteirao, um movimento de entra e sai de gente, onde ninguem conhece ninguem. Ja estava fazendo programaçao para levar alimentos secos, e agua para uma semana, escondido dentro do navio.O resto eu contarei na proxima, vale a pena esperar.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Telemar (oi) x Embratel - coisas que nao contam

Tinha uma linha telefonica da oi, que me custava 31,00 mensais e me dava
uma franquia de 100 minutos.
A Linha era péssima, com muito chiado, e as vezes nem dava linha.
Cansado de tudo isto resolvi migrar, porem antes liguei para OI
e lhe perguntei se havia alguma proposta para que eu permanecesse nela, o
que me foi negado sem nada oferecer-me.A Embratel me forneceu um plano chamado POS ZERO. O aparelho é tipo um celular, tecnologia CDMA, é um fixo que funciona como celular perto de minha casa ate 18 km, o qual eu cheguei a testar com êxito.
Não existe fidelidade, posso cancelar a qualquer momento sem onus, minha conta vem
apenas com as ligaçoes que faço e nada mais, nao existe conta minima. O Custo é de
aproximadamente 0,13 o minuto para qualquer outra operadora, e 0,03 para linhas da embratel, 0,21 interurbanos, tudo testado. Minha conta que era 31,00 no mes passado , ficou em 6,00 , e neste mes ficou em 4,00, todas elas tinha ligaçoes para celulares. Ainda tenho gratis bina, chamada em conferencia, secretaria eletronica.
Se eu fizer zero ligaçoes, minha conta vira zero tambem, o aparelho custou 69,00 em dez pagamentos. O interessante é que pago apenas 0,03 para telefones da embratel tambem. Adeus Telemar... Adeus OI. Nao vejo mais necessidade em manter meu Claro a 39,00 por mes, pois 99% de minhas ligaçoes era para minha namorada, ai tudo se resumiu. O meu numero fixo antigo da telemar, continua o mesmo, graças a portabilidade.Estou fazendo propaganda gratis, mas tem muita gente que ira descobrir isto tambem, e isto é benéfico.
abcs
Lenium

Juca... ô Juca.....

Foi numa pescaria, lá pelos lados de igaratinga, sempre regada a muita pinga, era até divertida, pois naquela época haviam peixes saudaveis, e os tempos eram menos violentos.Quando retornavam em uma Kombi (de apelido geni), alias disseram que esta kombi eram tão ruim , que as vezes tinham que subir um morro carregada, eles colocavam um tijolo no acelerador, subiam o morro a pé e esperavam la em cima. São alguns casos da Tamaki Moveis Ltda. Mas voltando ao assunto , em uma subida muito forte, esta mesma kombi (de nome Geni por causa da musica, "joga pedra na geni"), a subida era forte, toda de terra, buracos e pedras, e todos pensavam que ela nao chegaria la em cima.Quando meu irmão Luiz, disse ao motorista:
Dá uma parada ai, que vou chamar o juca. O Motorista impaciente com toda aquela situaçao, primeiramente fingiu nao escutar, torcento pra danada vencer aquela encosta.
Mas Luizinho, nao se conteve, e continuou.
Para ai que vou chamar o Juca. Isto queria dizer na linguagem popular que ele queria vomitar. E foi insistindo, ate que o motorista vendo que a situaçao se tornou insuportavel, resolveu achar uma local para fazer a perigosa manobra.
Parou a kombi, luis desceu, olhou prum lado, olhou pro outro, e gritou em voz alta e firme:
JUCAAAAAA, ÔOOO JUCA.....
Bom a reaçao do motorista, e dos passageiro foram unanimes, e o palavreado correu solto, aliás eu pensava que sabia muito palavreado, achei que meu dicionarios estava muito defasado. Após vencido o morro, todos cairam na gargalhada, e este fato ficou na historia.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Dona Maria Do Carmo


Sim, dona Maria Docarmo, foi a responsavel pela minha presença aqui neste planeta bonito e bobo.Ela me colocou meu nome de Helenio, em homenagem a um médico em Para de Minas, queria que quando eu crescesse fosse um médico, porem acho que nao a decepcionei, pois como programador da linguagem cobol, e gerente de informatica de uma grande empresa, consegui por 30 anos o que muitos médicos daqui nao conseguiram.
A maioria que conheço dependem de 3 ou quatro empregos para manterem seus padroes de vida. Eu ja sou mais singular, penso que quem nao se contenta com pouco, muito mais se contentaria com muito, e uma vida simples é melhor.
Bom foi a minha querida mãe, com sua paciencia divina,que me fez ser católico, fiz guarda de honra, na igreja, fiz a cruzada cristã, fui coroinha, e tudo isto porque
ela pegou no meu pé e me forçava a ir sempre igreja. Lembro-me que ela fazia parte do clube de maes,tudo isto em Santanense, e la neste clube, ela aprendeu primeiro a fazer umas sacolas com fios plasticos, depois fez samburá ( a maioria das pessoas nao sabem o que é isto), depois ela fazia jarros grandes lindos, e dourados. A Criatividade dela não era só nas artes, ela tambem sabia controlar a situaçao em casa, quando as coisas nao andava bem. Se faltava carne, ela fazia um molho de ovo, com cebolinhas, fazia biscoito fritos, fazia bolinhos, rosquinhas, pregava botoes em camisa, dava barra nas calças, alem de lavar a roupa de todo mundo, com uma paciencia angelical, que gosto de repetir sempre. As vezes ela dava uma paradinha com a lavagem, que era feita com as maos, e olhava para o ceu durante alguns minutos,tudo paravam, tudo ficava quieto, e depois retomava novamente com a esfregaçao das roupas.Tinha caprinho por seus quadros de santos, guardava num cantinho as erva-cidreiras, usadas nas procissoes de ramos. Estas erva-cidreiras eram queimadas dentro de casa, nos quartos, para amenizar as tempestades e chuvas bravas, e eu acreditava naquilo, talvez nao tivesse o efeito meterologico esperado, mas alimentava as esperanças e dava coragem pra enfrentar os raios, trovoes e o medo da chuva.
Sei que o Sô Vico dava trabalho pra ela, com suas pingas, mas naquele tempo isto era muito comum na maioria das familias. Lembro-me tambem que ela mandava eu pegar a latinha de Masstumate( Extrato de tomate), e ia ralar no passeio ate abrir a tampinha, pois nao havia abridor de latas, ai quando começava a vazar um pouquinho do extrato, eu dava uma lambidas das boas, pois ate hoje eu adoro comer extrato de tomate puro. Tanto ela como meu pai, gostavam muito de mim, tanto que meus irmãos me apelidaram de "Bolinha de Ouro", porem acho que tudo isto era porque sempre fui muito levado, muito corajoso, e eles preferiam que eu ficasse mais perto deles, afim de evitar a maioria das confusões, que eu nunca deixei de fazer.
Futuramente voltarei a escrever mais sobre ela, hoje resolvi escrever apenas um pouquinho, a pedido de LUANA (filha de meu estimado irmão Luiz..inho).
abraçao a todos.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Pirulitos.... ou Piluritos

Pra falar a verdade, nunca soube o certo, se é pirulitos ou piluritos. Mas recentimente conversando com uma colega de escola de santanense (Cilene), ela me recordou sobre os pirulitos que minha mae fazia em casa para ajudar na despesa. Era feito com papeis de seda, em formato de cone. Minha mãe com sua paciencia invejável, ( e por sorte eu herdei isto dela) fazia o melado, colocava essencia, as vezes mel, as vezes limão (laranjinha capêta),. Testava a consistencia, em uma vazilha com agua,e entao quando começava a ficar no tipo puxa-puxa, ela entao colocava nos papeis que ja estava na forma. A forma era um tablado todo furadinho, onde ficava os papeis de seda, que as vezes variavam de cores. Eu torcia para ela errar na mão, e deixar cair um pouquinho na tabua. Este pouquinho eta tao interessante, que fazia ate a gente apressar a venda, funcionava como presente. Assim que terminava a venda a gente podia arrancar aqueles pedacinhos e deliciar. Eu vendia na porta do grupo escolar Souza Moreira (HUM... me deu uma saudade do Soi Zé Careca, ele era porteiro e nao brincava em serviço). A escola tinha seus horarios, e fora dele, ia pelas ruas da nossa saudoza santanense aos gritos ( Auuuuu.......pirulito). o Auu... demorava um pouquinho mas o pirulito era um refrão rapido). Tinha gente que compra uns cinco de uma vez, e eu ia juntando moedas e dinheiro no bolso enquanto o tablado ficava vazio. Ia na rua de baixo, no campão, no cruzeiro, e por ai afora. Os palitos eram feitos de bambu, lascados e lixados com uma faca. Dava uns trocos até bom, pois eu ganhava 25% do valor das vendas. Valeu Cilene pela lembrança, e tendo mais me envie para meu e-mail, terem prazer em publicar aqui.
abraçao a todos leitores, e agora um especial tambem para a nova leitora, Luana tambem de Itauna.

domingo, 4 de julho de 2010

Agradecimentos





Sei que nao tenho muitos leitores em Santanense e Itauna, mas de qualquer forma gostaria de expressar aqui meu agradecimento pela acolhida a mimm e a todos os meus familiares, em Santanense-Itauna-MG, no Funeral de Meu Irmão Pe.Sirio Henriques Teixeira, na Segunda-Feira P.P., e tambem ontem na missa de Sétimo Dia. Foram tantas as palavras de conforto, carinho e consideração que jamais seram esquecidas. Quero tambem na oportunidade agradecer a todos os padres, me parece que foram 14, que celebraram a missa de corpo presente, e tambem em especial ao Pároco Atual, por fazer a ultima homenagem a Pe.Sirio no termino da missa, tocando sua gaita com grandiosa sabedoria e extrema habilidade. Celebrou a missa com tanto carinho que foram varias as vezes que fez referencia da missa que era em homenagem ao Pe.Sirio, e tambem dizendo palavras de conforto para todos nos familiares.
Agradeço tambem de coração ao Irmão Jesus Henriques, que se depos a nos acolher em sua casa, nos oferecendo conforto, hospedagem alimentaçao, e tambem suas palavras de conforto neste momento tão triste da FAMILIA HENRIQUES.
Fica aqui meu muito obrigado e que Deus Abençoes a Todos.

ALGUNS LINKS sobre a morte de Pe.Sirio
CNBB -Morre padre Sírio, ex-pároco do Santuário Dom Bosco
JORNAL BREXO DE ITAUNA-03-07-2010- pAGINA 12